“A polícia é um inimigo cruel, inconciliável, odiado. Não há nem que se pensar em ganhá-los para a causa. Não há outro remédio que açoitá-los ou matá-los. Quanto ao exército é outra coisa…”
(Leon Trotsky, História da Revolução Russa, Capítulo VII, Cinco dias – 23 a 29 de fevereiro de 1917, 1930)
“O ano (2019) começou com Haddad (PT) desejando sucesso e boa sorte a Bolsonaro, e Boulos (PSOL) dizendo que não se deveria contestar o resultado eleitoral para “não ser igual a Aecio Neves.” Esquerda que a direita gosta ACM Neto comemora proposta de Rui Costa de destruição da Previdência.
Com o grande apoio, inclusive de quase toda a pseudoesquerda, para aprovação do pacote pro-ditadura de Moro e Moraes, a bancada da bala agora quer aprovar também os demais itens rejeitados. Esse é o papel atual da pseudoesquerda, fortalecer a extrema-direita.
Autoexplicativo o motivo desse governo não cair. Temos muito poucos votos na Câmara. 9 ou 11.
Áurea Carolina MG Não
Glauber Braga RJ Não
Ivan Valente SP Não
Luiza Erundina SP Não
Sâmia Bomfim SP Não
Talíria Petrone RJ Não
Erika Kokay DF Não
Luizianne Lins CE Abstenção
Natália Bonavides RN Não
Pedro Uczai SC Não
Rui Falcão SP Abstenção
Os demais votaram pela implantação do Estado de vigilância e impunidade policial-militar-fundamentalista de Moro-Moraes.
Os partidos da esquerda legalista admitem policiais nas suas fileiras.
Cada um tem uma revisão para chamar de sua. Vamos lembrar que o PT estava contra as manifestações de 2013 desde o início. Porém, Dilma na época dizia que era um movimento democrático e que todo mundo queria mais já que o Brasil ia bem. Agora dizem o oposto.
Mas e o PSTU?
O PSTU parece ter mudado bastante sua avaliação sobre 2013. Agora quer ser o pai da criança. Mas todo mundo lembra o que o PSTU fez na época. Buscava como sempre “unir as centrais sindicais” para fazer atos paralelos pois não queriam se misturar com black bloks. E em resposta aos chamados pelo fim da polícia militar lançavam sempre o apoio às greves dos policiais. A coisa tomou um rumo grave quando no Rio de Janeiro o PSTU apoiou um pacto com o ministro do STF, Fux, para encerrar uma greve fortíssima dos professores (assinou inclusive o documento junto com o filhote do Paes, o atual deputado da extrema-direita Pedro Paulo antes de qualquer decisão da categoria em assembleia. Depois ajudou a forçar o encerramento da greve com intervenções na assembleia). Em outra greve em 2016 o PStu ia nas assembleias propor que a categoria participasse do movimento da extrema-direita para o impeachment de Dilma.
O evento foi uma exposição na Câmara do Rio em memória ao movimento de 1° de março de 1919 e aos cem anos de luta do povo coreano contra agressões estrangeiras do Japão e dos EUA.
Mas o PSOL, claro, não podia perder a oportunidade de reproduzir uma nota de repúdio à Coreia do Norte bem resumida com base nas notícias da CNN e corroborando todas as suas versões. Esqueceu de exigir que a Coreia do Norte se desfaça do seu projeto de autodefesa nuclear. Os liberais burgueses da esquerda resolveram aproveitar a campanha da mídia imperialista para tirar uma casquinha.
Exatamente, parece que a ficha está caindo. Essa posição de dizer que o PSOL é um partido falido (já que permite que as correntes internas mais retrógradas sejam ecoadas no diapasão do parlamento) é corajosa. Ainda mais no Rio de Janeiro onde o PSOL superou o PT. Não se pode inocentar o Psol por sua “fidelidade” ao PT (fidelidade oportunista já que nos atos da campanha eleitoral do ano passado mesmo sobre o mesmo palanque com Haddad, Freixo se recusou a defender Lula contra a Lava Jato). Parece mais ao contrário. Freixo é que conseguiu atrair o PT para votar no pacote de Moro e Moraes. Isso porque até a libertação de Lula era só o PT batendo na lava jato. Freixo é um traidor muito mais importante do que se imagina. Está fazendo sua carreira solo usando o Psol e o PT. Foi para a frente do carro de som em São Bernardo para receber as três citações de Lula. Mas esteve com a lava jato e o Moro enquanto lhe interessou. E pelo visto ainda está pois foi o articulador dessa Vitória de Moro poucos dias depois do massacre de Paraisópolis. Nem Marielle pode ter a seu lado um dos seus muitos guarda-costas. E Amarildo não significa muito para quem tirou o corpo fora no momento em que foram presos mais de 200 ativistas em frente à Câmara Municipal em 2013.
É só estudar a história. Na Alemanha o principal inimigo do nazismo era o comunismo. Isso foi declarado expressamente inúmeras vezes por Hitler. O nazismo só foi derrotado após a ofensiva soviética. Os liberais ficaram olhando de camarote enquanto tropas nazistas aniquilavam a URSS. Isso desfaz a crença de que o liberalismo é algo oposto ao nazismo.
Os fascistas estão gozando com o sofrimento (tortura e linchamento coletivo) dos aposentados e dos que querem se aposentar. Dos desempregados e dos indígenas. Dos professores e servidores públicos. Dos assalariados ameaçados de demissão. Das comunidades negras sempre atacadas pela polícia violenta. Ou seja, os nazistas levantam a cabeça porque sentem que estão gozando com o sofrimento de todos os atingidos pelo governo. Temos de nos comportar frente ao governo como o torturado diante do torturador que baba de gozo em fazer os trabalhadores desarmados sofrerem.
O fascismo cresce onde o stalinismo desarma o movimento. E sabemos que frente popular ou frente ampla é uma política que Stalin assinaria embaixo. Por onde andou a colaboração de classes por lá se fortaleceu o fascismo: Bolívia, Chile, Equador e Brasil. Nesses países a política stalinista que vai muito além dos PCs, envolve o PT, o MAS, e também o PCC que avalizou o acordo de desarme das FARC e hoje é a causa do massacre de lideranças na Colômbia. O stalinismo fracassou e junto com ele levou também muitos que se diziam trotskistas e acabaram rezando a mesma cartilha.
Uma tese comum construída por APS, Coletivo Direito para quem?, Comuna, MES, PSOL pela Base, TLS, CST e independentes para o VII Congresso Estadual do PSOL/SP. O que se pode esperar desse bloco? É quase uma frente ampla. Contra quem e pelo quê?
Como se “a polêmica’ fosse dada em condições de igualdade.
O Jacobin não consegue ver a influência internacional da revolução soviética ao ver a socialdemocracia escandinava como um fenômeno isolado.
O luckasianos chamam o trotskismo de moralismo. Além do erro histórico (a revolução chinesa foi traída pela III internacional (já controlada por Stalin e Buckarin) não em vida de Lenin. Tentam compreender “o fenômeno stalinista” e não consegue. Então propõe a grande alternativa interpretativa ao que ele entende como “a teoria psicológica do poder”, seria entendê-lo como fenômeno histórico. Apesar de se dizer “amigo de trotskistas” parece ter perdido umas boas linhas (ou páginas ou capítulos) de Trotsky. É o que dá ainda hoje identificar Stalin com a revolução e o socialismo.
A ‘esquerda’ sempre buscando um sucedâneo do reformismo petista (sendo ainda também reformista), não consegue sair dos limites do capitalismo. A tal TMM se assemelha sim a NME de Guido Mantega. E no final chegaremos ao mesmo resultado.
A crítica ao stalinismo não pode cair no rasteiro anticomunismo. No entanto, não se pode dar trégua ao stalinismo, cujo resultado catastrófico foram as políticas de Gorbachev ( stalinista sim!). Em O Estado e a Revolução Lênin afirma, categoricamente: no socialismo, “uma cozinheira tem de ser capaz de compreender o funcionamento do Estado”.
Muitos ainda duvidam do papel de Stalin. Certamente, Stalin tinha propósitos bastante diferentes de Trotsky.
Só para tirar a alegria do Jones: o stalinismo nunca liderou nenhuma revolução.
Ao contrário de Trotsky que liderou junto com Lenin a mãe das revoluções.
(E mais: o trotskismo nunca teve compensação por prestígio acadêmico. Ao contrário, quem sempre monopolizou o debate foi o stalinismo nas suas várias versões. Se fosse diferente o frentepopulismo não teria tanto sucesso nos movimentos sindicais das Universidades).
O professor Joanes poderia nos contar em quais lugares do mundo os trotskistas assassinaram, prenderam, torturaram e perseguiram stalinistas. A quarta internacional foi em grande parte derrotada não só pelo imperialismo, mas também pelo stalinismo. Derrotada não ideologicamente, mas sim fisicamente. A derrota ideológica se deu por um conjunto de fatores nos quais também deve ser incluído a capitulação de uma parcela significativa diante da burocracia stalinista. Porém, é preciso deixar claro que mesmo para haver uma “falsa polêmica” é preciso que haja um debate. Esse debate foi suprimido com truculência policial pelo stalinismo. Portanto, não houve debate algum. Muito menos caricatura da parte do trotskismo (os trotskistas na URSS e em outros países lutavam pela própria sobrevivência. Um ambiente de terror – do qual a vítima maior foi Trotsky e sua família e colaboradores próximos – muito pouco livre para caricaturas . E da parte do stalinismo o que foi feito foi calúnia mesmo, não caricatura. A “falsa polêmica” aconteceu hoje simplesmente porque há muito mais acordos entre Arcary e Joanes do que divergências. Então, indicar Arcary como o representante mor do trotskismo cumpre o papel justamente de minimizar as divergências.
Uma “falsa polêmica” que sacrificou uma infinidade de trabalhadores. Mas finalmente recebemos a iluminação do professor Jones para dissipar essas trevas. A história só aguardava o advento desse gênio para solucionar essa “falsa polêmica”.
Isso! Esqueceram de avisar Lenin que ele abandonou o que disse no “O Estado e a revolução”. É sempre bom termos guias assim tão sabidos. Preobajenski sabia bem mais que Trotsky tanto que afirmou que a revolução operária e socialista na China era impossível. Interessante que não há passagens nem transições. Stalin adota a posição de direita do partido (Bukharin) sem se tornar de direita. Arcary é o representante mor do trotskismo, sem que se mencione a divisão do movimento trotskista. E claro os trotskistas deformavam o debate e “grupo” de Trotsky caricatura das políticas stalinistas.
Mea culpa do PCB tem um toque de autoelogio. Diz que o stalinismo faz parte da esquerda revolucionária. Ora ora se matar os revolucionários é a mesma coisa que ser revolucionário então isso é o mesmo que negar a coisa em si.
Em “Lições de outubro”, Trótski conclui que: “Sem o estudo da Grande Revolução Francesa, da Revolução de 1848 e da Comuna de Paris, nunca teríamos realizado a Revolução de Outubro […] fizemos essa experiência com base nos ensinamentos das revoluções anteriores e continuando sua linha histórica ”.
O darwinismo não deve ser aplicado na política.
Comuna é uma palavra que vem das Repúblicas na Itália renascentista que eram independentes. Depois foi usado na França e identificado com a insurreição da cidade de Paris contra a invasão do exército prussiano. Esse episódio foi conhecido como Comuna de Paris. Obviamente isso tem relação com a revolução francesa que substituiu as paróquias por comunas quando o país se tornou uma República pela primeira vez. Por conta de todo esse histórico o partido socialdemocrata da Rússia trocou o nome após a revolução de fevereiro que derrubou o secular tzarismo e instalou uma República.
Com certeza Stalin foi o coveiro da revolução. E não só da revolução soviética já que o vínculo internacional de sua capitulação ao imperialismo destruiu inúmeras revoluções. A revolução chinesa de 27 e a ascensão nazista foram provocadas pela política ultraesquerdista do terceiro período, mas as derrotas do ascenso francês e italiano do pós-guerra foram resultado da política de conciliação de classes das frentes populares. O controle exercido por Stalin na III internacional provocou inclusive a humilhante derrota de 35 no Brasil. Começou com a subordinação à frente popular da ANL e terminou com o desvio ultraesquerdista que conduziram ao levante precipitado dos quartéis sob inspiração de Stalin. Desde então a atuação do PCB nas forças armadas foi hostilizada. Devido aos pactos de Stalin com o imperialismo germânico, o pacto Ribbentrop-Molotov – a revolução foi posta em risco na URSS. Essa política prosseguiu no pós-guerra com outros parceiros imperialistas, o que levou à política dos partidos de não apoiar revoluções naqueles países que não estavam na área de influência soviética. Dramaticamente essa foi a política adotada na América Latina. O resultado disso que prosseguiu mesmo após a morte de Stalin (o degelo foi apenas uma liberalização interna sem interferir na estrutura de partido único ou muito menos na reativação dos sovietes e sindicatos). Após a era Krushev deposto por causa do recuo na questão dos mísseis cubanos, não mudou a linha conciliatória soviética (já que o COMINTERN tinha sido fechado antes do fim da guerra para garantir os pactos de Yalta e Potsdam. Quer dizer Stalin deu uma garantia que não incentivaria revoluções contanto que os países ocupados pelo exército vermelho na expulsão do nazismo permanecessem sob sua influência. Ainda que tenha tentado fazer aí governos de frente popular, não conseguiu por causa da ruína capitalista). Na Polônia, Stalin manteve as propriedades e inclusive privilégios da igreja católica que depois se revelaria fatal para todo o bloco do COMECON). Ainda que o regime tenha tentado um endurecimento mais stalinista no período Brejnev e Andropov, a verdade é que onde pode o regime impediu que as bases capitalistas da economia dos países que fizeram sua independência fossem destruídas. Como exemplo, Angola, Moçambique e Nicarágua. Onde não pode, Coreia, Vietnã e China, deveu-se não ao mérito da direção stalinista, mas sim ao solapamento da economia desses países ou no caso chinês, também à simples desobediência ao comando de Stalin ao não aceitar subordinar-se ao Kuomitang. A linha de capitulação e pactos com o imperialismo prosseguiu até o final da URSS. Gorbachev, saído da escola stalinista ortodoxa de Andropov, levou esses acordos de coexistência pacífica ao extremo, o que minou as bases do estado. Sua aliança de classes internacional, exemplificados nos pactos de Reykjavík e que se concretizaram nos tratados posteriores, chegando ao ponto de aceitar a unificação alemã sob bases capitalistas sob a implícita condição da manutenção do Comecon (o que como sempre em todos os acordos não foi respeitado pelo imperialismo) e também o fim do PCURSS que foi a capitulação final que levou ao fim da URSS já que não havia nenhuma organização autônoma ao partido que o substituísse na unificação do país). Há quem diga que Gorbachev traiu os princípios stalinistas, mas na verdade ele foi a sua consumação. Por exemplo, Gorbachev reabilitou Bukharin da ala direita do então partido bolchevique (que antes de sua liquidação ainda tinha alas), que foi o aliado que ajudou Stalin a subir ao poder e que depois foi traído por este, porém, Trotsky nem mesmo foi considerado para uma reabilitação. E isso é coerente com a trajetória stalinista. Krushev e a posterioridade também reiterava a obsessão stalinista contra Trotsky, bem como Gorbachev. E por uma razão simples, ambos eram contra a revolução internacional, pois consideravam isso um risco à vigência dos pactos com o imperialismo, origem dos privilégios da casta burocrática baseados no controle do estado nacional.
Por isso temia processos revolucionários internacionais que levassem ao questionamento da autolimitação aos pactos com o imperialistas. O resultado foi que ao final da URSS uma parcela significativa da burocracia estatal soviética incorporou-se na reestruturação capitalista do país, já preparada pela perestroika. Exemplos vivos disso foram os próprios governantes da Federação Russa, Yeltsin e Putin.
a constituinte porque a mídia dizia que era uma ditadura. Na Argélia participam porque sua índole é sempre participar de eleições, mesmo que o movimento de massas diga não.)
Zizek agora apoia Sanders contra o que ele chama de “esquerda radical”. Mas ele não tinha apoiado Trump? Bem, intelectuais sem partido são opinólogos sem nenhuma influência na classe trabalhadora. Isso é fato. Mas o que demonstra seu pânico é o crescimento da candidatura de Sanders e o jogo dos ataques. Alguém quer ocupar o espaço deixado pelo abandono do partido democrata pelos trabalhadores que agora (a parte branca) também já se cansou de Trump. É hora de criar um partido independente da classe trabalhadora com um programa comunista.
A tal via chilena é a garantia de fracassos.
“O princípio da política é a vontade. Quanto mais unilateral, ou seja, quanto mais completa a mente política, mais ela acredita na onipotência da vontade, mais cega é contra os limites naturais e espirituais da vontade, mais incapaz é de descobrir a fonte dos problemas sociais.” Karl Marx
O racismo e o machismo são a base do capitalismo. Triste realidade. Entretanto, o que vemos capturados pela propaganda evangélica? O movimento feminista e o movimento negro fracassaram em suas bases e isso quando tiveram todas as chances de mobilizar essas parcelas majoritárias da população. Mas preferiram folclorizar ou caíram no excepcionalismo sexual ou “racial”. Faltou uma política revolucionária para a questão negra e feminina.
Não é impossível. É necessário.
Diz Lenin, citado por Bloch:
“Com o que temos que sonhar?” Acabei de escrever essas palavras e o pânico me invade. Imagino que estou em uma “conferência de unificação” e que, diante de mim, estão os editores e colaboradores do Rabócheie Dielo. E o camarada Martinov se levanta e se dirige a mim ameaçadoramente: «Permita-me perguntar: uma redação autônoma tem o direito de sonhar sem antes perguntar ao comitê do partido?
“E então o camarada Krichevski se levanta e continua (aprofundando filosoficamente o camarada Martinov, que há muito havia aprofundado o camarada Plekhanov) em um tom ainda mais ameaçador: “Eu continuo. Pergunto se um marxista tem o direito de sonhar, a menos que esqueça que, depois de Marx, a humanidade só pode considerar tarefas que estão em suas mãos para resolver, e que tática é um processo do crescimento das tarefas, que crescem junto com o partido.
“É necessário sonhar, mas com a condição de acreditar em nossos sonhos. Examinar cuidadosamente a vida real, confrontar nossa observação com nossos sonhos e realizar escrupulosamente nossa fantasia.”
Ser homenageado na Ucrânia de hoje não é elogio.
“Qualquer veredicto de crítica científica
é bem vindo a mim. Contra os preconceitos da chamada
opinião pública, que eu nunca fiz concessões,
eu ainda tenho o lema do grande florentino:
“Siga o seu caminho e deixe as pessoas falarem! ” Karl Marx